domingo, 5 de setembro de 2010

Viver, morrer

    Seria bom se soubéssemos como iríamos "morrer", pelo menos para saber se morreríamos dolorosamente, ou simplesmente calados, sem ao menos sentir dor.
    Seria bom, se tantas pessoas que precisam, soubessem "viver" para que ao menos, não acabassem fazendo como rotina todos o arrependimentos, de atos tantas vezes tomados, e tantas vezes não pensados.
    Todos nós desejamos a morte de alguém, ou pelo menos, já desejamos sem ao menos se tocarmos de que no fundo, não nos imaginamos sem essa tal pessoa.E desejamos principalmente a nossa própria morte, talvez, porque ainda não sabemos o quão ruim seria morrer, e não poder passar, todas as felicidades e até mesmo dificuldades que teríamos se estivéssemos vivos. Já que ninguém nunca morreu, e voltou para nos contar.
     Aí que a imaginação vai além do que geralmente pensamos, e se imaginássemos como seria morrer? Seria como dormir, em que, fecharíamos nossos olhos, e simplesmente nos desligaríamos da vida? Ou será que morrer seria algo ainda mais complicado?  E ainda mais impossível de se explicar, aliás, ninguém que tenha morrido, possa ter explicá-do em algum dia.
     Mais difícil de entender ainda, é que morrer, não temos como saber, mas viver, sim. Com tantas histórias contadas, e até mesmo pessoas que já viveram boa parte de suas vidas, tenha nos contado, continuamos fazendo muitas coisas erradas, por mais cruéis, e por mais conseqüências nos traga com o passar do tempo. E assim, muitas vezes, com esses passos tomados errados enquanto vivemos, chegamos ainda mais perto, para que morreremos, o que não temos noção, mas que quando estivermos perto, iríamos querer "voltar".
     E depois de tudo, chegamos a conclusão, de que pensando na morte, vamos apenas perder tempo de nossas vidas, porque nunca mudará em nada, querendo ou não, um dia morreremos, e nunca saberemos como, além de que, descobrir algo que podemos usar nossa tão valorizada imaginação, ficaria bem mais sem graça.

    Sabe, daqui em diante, só vou pensar em viver, cada dia mais e mais, até o dia, em que eu finalmente morrer.

Ana Carolina Sardo

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