domingo, 30 de outubro de 2011

Queria ser

     Eu estava a observar o céu enquanto sofria por ver você triste. Eu pensava em como poderia me tornar uma amiga melhor, de certa forma, eu quis ser as estrelas pra que por mais longe que eu estivesse, conseguisse ver seu sorriso ao me ver brilhar. Queria poder ver você apontando pra mim mesmo não sabendo qual eu seria, vendo que ficaria feliz só pela minha presença.
     Depois, eu quis ser a Lua, pra que como qualquer outra pessoa você quisesse vir até mim por mais longe que eu estivesse. Pra que você tentasse me alcançar, brincasse comigo de várias formas, admirasse minha luz calma e cintilante, me deixasse iluminar sua noite e principalmente, soubesse que estaria com você tanto nos momentos bons quanto nos ruins.
     Então resolvi querer ser o Sol, pra que mesmo que você me visse muito de longe confiasse no meu calor, pra que mesmo sabendo que não consegue me ver diretamente, tentaria de todas as formas. E soubesse que mesmo sendo impossível chegar perto de mim eu sempre estaria ali na sua vida pra te aquecer, por mais frio que estivesse desde o momento que você acorda.
     Mas sabe o que afinal eu sou? Que é melhor que todas as opções anteriores... Sou uma pessoa, que mesmo não podendo te aquecer da mesma forma que o Sol, sempre tentarei. Que mesmo que eu não seja linda ou tenha o brilho mais cintilante e mais bonito como a Lua ou que eu não seja a mais importante na vida de todo mundo, você possa me admirar como eu realmente sou.
    Porque mesmo eu sendo uma pessoa simples assim, você ao menos pode chegar perto de mim e eu sei que chegando perto e te abraçando eu não o machucaria e tendo só isso em mente já me deixa feliz.


Ana Carolina Sardo

     As pessoas sempre dizem ser errado essa tal de falsidade, mas no fundo elas sabem que gostam disso, porque quando se é verdadeiro a probabilidade de machucar sentimentos é maior. Ta aí um motivo pra falsidade continuar, enquanto o que sempre vai acontecer é que, quem é verdadeiro com a intenção de melhorar só se ferra.

domingo, 9 de outubro de 2011



        Que graça tem nascer e morrer sozinho, se o ser humano não tem nem ao menos a capacidade de viver sem alguém?

Ana Carolina Sardo